OTB discute reajuste na Prefeitura de São Paulo
Reunião com líderes debateu a situação dos servidores municipais de São Paulo que sofrem achatamento salarial provocado por 14 anos sem reajuste nos salários. A principal reivindicação é a mudança na Lei Salarial.
Por Anderson Luna dia em Eventos e Ações OTB
Agência Trabalhador, 21/06/2018 – 14:00 h – São Paulo
O vice-presidente nacional da OTB, Paulo Campos, recebeu esta tarde, na sede da OTB – Ordem dos Trabalhadores do Brasil, representantes dos servidores municipais da prefeitura de São Paulo, que reivindicam mudança na lei salarial que permitiu à Prefeitura de São Paulo impor reajustes simbólicos aos salários dos trabalhadores nos últimos 14 anos.
A comissão explicou que desde a gestão Marta Suplicy (2001 – 2005) os servidores estão sendo penalizados com reajustes de 0,01% decorrentes da aplicação do limite de 40% na utilização do orçamento para pagamento de salários.
Representantes dos servidores relataram casos de servidores que estão passando necessidades, outros que foram despejados de suas casas, crianças que foram tiradas de escolas particulares e todo tipo de constrangimento provocado por esta política salarial.
O secretário da gestão, Paulo Uebel em reunião com sindicalistas afirmou ser inaceitável esta política e que a gestão Dória (à época) estaria estudando um índice justo de reajuste que seria aplicado no último 1º de maio, data base da categoria. Porém a realidade foi o anúncio de que somente haveria reajuste caso fosse aprovada a reforma da previdência municipal enquanto todos os índices indicaram inflação no período.
A reforma da previdência, bandeira – e herança – do governo Dória, penaliza com acréscimo nos descontos (que deve chegar a 19% dos salários) estes mesmos servidores que estão há quase década e meia com os mesmos salários.
Em vez de aumento, a gestão Dória propôs redução nos salários.
A atual gestão que, desde o afastamento do prefeito é administrada por Bruno Covas, seguiu o mesmo caminho, aprovando reajustes de 0,01% para 2016 e 0,01% para 2017, com promessa de 0,01% para 2018 caso não seja aprovada a reforma da previdência municipal que já foi motivo da maior paralisação que já houve na cidade de São Paulo, com 100 mil servidores cruzando os braços.
A OTB tem como justa – e mais que isso, urgente – a mudança nesta lei que abriga interesses de dirigentes que não tem pudor em colocar famílias em situação degradante e chantagear toda uma categoria na base de “só dou aumento se aprovarem a reforma”.
A OTB estuda maneira de propor alteração na Lei Salarial dos servidores da Prefeitura de São Paulo.
Após a audiência, os dirigentes da OTB se reuniram e decidiram que a entidade vai tomar providências no sentido de revogação ou alteração desta lei. O departamento jurídico está estudando a questão e, em breve será apresentada proposta junto a atual administração.