Mulheres ganham menos que homens aponta estudo
Apesar de estudarem mais. Organização Internacional do Trabalho constatou a diferença. Foto: banco de imagens
Por Paulo Campos dia em OTB MUNDO

Agência Trabalhador – Genebra, São Paulo
Um novo indicador e condições de trabalho, desenvolvido pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, chamado Jobs Gap, capta todos que estão interessados em conseguir emprego. De início, este novo indicador, já apontou uma situação mais preocupante do que já era em relação ao desemprego. Na verdade mulheres encontram muito mais dificuldade em encontrar empregos que homens.
Desigualdades de gênero no acesso a emprego são maiores do que se pensava.
Cerca de 15% das mulheres em todo o mundo em idade ativa gostariam de trabalhar, apontou o estudo New dasta shine light on gender gaps in the labour market, em comparação com 10,5% dos homens. Quanto ao desemprego, taxas globais são bastante semelhantes entre homens e mulheres.
A situação piora em países de baixo desenvolvimento, nestes lugares, 24,9% das mulheres não conseguem posição de trabalho, enquanto homens, na mesma situação totalizam 16,6% da população ativa.
Brasil ocupa a 130ª posição em igualdade de salário
Mulheres seguem ganhando menos que homens e ocupando menos cargos gerenciais, ainda que tenham nível de escolaridade superior – pesquisa levantou que 21,5% dos homens possuem diploma de nível superior contra 29,75% da mulheres.
Entre mulheres negras a situação é pior. Uma mulher negra recebe, em média, 44,4% do que receberia um homem branco ocupando a mesma função.
No geral, após a pandemia do covid-19, houve queda na inserção feminina no mercado de trabalho, estudo da FGV – Fundação Getúlio Vargas, a participação de mulheres caiu de 54,3% para 51,5% em 2021.
A OTB – Ordem dos Trabalhadores do Brasil luta contra esta disparidade. Paulo Campos, Vice Presidente Nacional, sobre o dia da mulheres, afirmou que “a igualdade entre seres humanos, mais que a de gênero, é ideal que buscamos. Inaceitável que um homem negro receba menos que um branco pelo mesmo trabalho, é situação terrível quando uma mulher negra recebe menos da metade do que receberia um homem branco pelo mesmo trabalho, apesar da legislação que proíbe a disparidade salarial”. Campos completou, dizendo que “é incessante dentro da nossa instituição nossa luta e firme posicionamento contra a ocorrência de assédios e de comportamentos sexistas como mansplaining, manterrupting ou bropriating*”.
* Mansplaining é quando o homem explica algo para uma mulher, especialmente de amplo conhecimento e da alçada do trabalho dela, assumindo que ela não entende sobre o assunto.
Manterrupting é quando o homem interrompe simplesmente a fala de uma mulher por considerar sua fala irrelevante.
Bropriating é a pratica que alguns homens tem de se apropriar de iniciativas ou ideias desenvolvidas por mulheres, levando crédito em seu lugar.