OTB - Ordem dos Trabalhadores do Brasil        Quarta-Feira, 12 de Fevereiro de 2025

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Artigo: Transformações na propaganda politica: Da história do candidato à realidade identitária.

Quais desafios e perspectivas para sustentabilidade política. Foto: acervo OTB

Por Paulo Campos dia em Nossos Direitos e Conquistas

Artigo: Transformações na propaganda politica: Da história do candidato à realidade identitária.
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Agência Trabalhador - São Paulo 

Paulo Campos é Vice-Presidente Nacional da OTB - Ordem dos Trabalhadores do Brasil

Grandes mudanças estão acontecendo no cenário da propaganda política que, se antes privilegiava a história do candidato, sua formação e, quando da reeleição, suas realizações, agora foca em suas características identitárias, buscando “trazer” o eleitor para perto, que resulta em pré-campanhas e campanhas rasas, porém recheadas de conteúdo inclusivo.

Antes buscava-se o que eleitores queriam, almejavam em seus candidatos, agora o foco é na realidade, mesmo que seja uma realidade distorcida  de maneira proposital - ou criar mentira mesmo - para atingir este ou aquele público específico.

Políticos que buscavam atingir, com seu discurso, pessoa-a-pessoa, tem de alterar sua maneira de agir, suas estratégias, de maneira a atingir todos os integrantes de seu grupo de atuação em uníssono. Na propaganda antiga tinham de criar anseios, desejos, aspirações; na atual, anunciam o que são – ou o que pretendem ser ou ainda o que pensam que são – atualmente. Seus atos, seus pensamentos. É uma era de imediatismo irrefreado, sem mensuração de consequência.

Não há mais anseios ou esperanças, foram substituídos pelo que é necessário, gerando uma expectativa utilitária, gerada por discurso que, muitas vezes, é demagogo.

Como ser vivente, compreendo as raízes sociais que motivaram esta mudança, mas é importante ficar atento, porque esta nova propaganda política pode gerar engajamento, mas não voto útil, daquele que é conquistado e se mantém ao longo da carreira. Pessoas votam na esperança de mudar suas vidas. O tempo dirá se essa nova estratégia tem futuro.

A questão, no momento, é descobrir quais desafios e perspectivas para o engajamento eleitoral e, mais ainda, qual a fórmula da sustentabilidade política.

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