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Reajuste para prefeito deve gerar reajuste para servidores

Correção de 46,6% do salário do prefeito e 0,01% para servidores é aberração. Foto: plenonews

Por Franklin Ataide dia em Nossos Direitos e Conquistas

Reajuste para prefeito deve gerar reajuste para servidores
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Agência Trabalhador – São Paulo  Capital

Com a sansão, pelo prefeito Bruno Covas, da lei da Câmara Municipal que reajustou seu salário em 46,6%, mudando de 24 mil para 35,4 mil reais e, observando que a prefeitura de São Paulo reajustou salário dos servidores em 0,01%, servidores iniciam movimentação de protestos que ficaram represados por conta da pandemia do coronavírus.

Secretários Municipais tiveram aumento ainda maior de 53%.

A justificativa, que parece não valer para as centenas de servidores que permanecem desde 2013 com o mesmo salário (com reajustes “simbólicos” de 0,01%), é que existe defasagem no teto do funcionalismo municipal.

O próprio prefeito, em entrevista onde procurou justificar o aumento, admitiu que nestes 8 anos a inflação foi de “algo em torno de 60 a 100%, dependendo do valor que é considerado”.

É preciso diferenciar aumento de salário de correção de salário. O primeiro se dá com aumento real nos valores recebido pelo trabalhador, isto é, quando o salário é aumentado acima do índice da inflação do período.

Reajuste salarial, como o que o prefeito alega ter feito, é quando o salário do trabalhador é ajustado ao índice da inflação do período desde seu último reajuste. Na verdade, reajuste salarial serve para manter o poder de compra do salário.

Quando inexiste o reajuste, como tem feito a prefeitura de São Paulo e o prefeito Bruno Covas, o que acontece é, na realidade, a diminuição do salário (cada dia o salário compra menos).

A justificativa que motivou o reajuste do salário do prefeito (e do teto do funcionalismo) não tem lógica diferenciada para os servidores que estão com salários congelados. A mesma inflação de “60 a 100%”, nas palavras do próprio prefeito, corroeu seus salários nesta proporção. Há relatos de servidores que não estão conseguindo honrar seus compromissos, pagar aluguéis ou manter os filhos na escola.

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