Agência Trabalhador- São Paulo

Anderson Luna é Presidente Nacional da OTB – Ordem dos Trabalhadores do Brasil

Editorial – Mais uma vez o resultado das urnas demonstrou uma chamada polarização que assola nosso país.

Política polarizada não é novidade. Houve tempo em que a brasileiros* se dividiram entre apoiar aliados e o eixo (formado por nazistas alemães, fascistas italianos e imperialistas japoneses), na 2ª Guerra Mundial, já estivemos polarizados entre apoiar o comunismo de Fidel Castro e Che Guevara, aqui liderados por Marighella ou militares, que terminaram promovendo um golpe de estado e permanecendo no poder por 20 anos, como aconteceu em 1964.

O Brasil sempre foi parte importante do contexto mundial, especialmente pelo seu tamanho territorial, população e força econômica e ainda, ultimamente pela importância ecológica, daí a atenção internacional que provoca.

Normalmente, é importante a alternância entre governos de esquerda e direita (é importante observar que a OTB não assinala posicionamento, permitindo aos seus membros a participação em quaisquer movimentos democráticos). Simplificando o tema, quando governos de esquerda estão no poder, promovendo desenvolvimento na educação, saúde e bem estar, com políticas voltadas para o povo, a economia sofre desgaste, que pode ser compensado, quando assume um governo de direita, voltado para a construção de infraestrutura, de desenvolvimento econômico e incentivo ao empresariado.

Claro que governos de direta cuidam das pessoas e governos de esquerda promovem crescimento econômico também, porém o foco e as ações são bastante diferentes.

E é importante que assim seja. É um processo saudável de construção da sociedade, em atuação alternada, sim, com embates, com diferenças e com debates, porém com tolerância e cordialidade que são premissas do diálogo democrático.

Mas não é o que temos visto. O Brasil não vive uma polarização em sua essência. Para que houvesse um ambiente dividido, seria preciso que ambos os lados se valessem do mesmo tipo de argumento, com a mesma intensidade. Porém, o que vemos é, na essência, uma extrema-direita virulenta, se valendo de todas as ações para lutar contra a esquerda democrática.

Isso não é crítica a qualquer dos lados. O extremismo pode chegar a qualquer posição política, seja de esquerda ou de direita, pode também chegar a religião, ao sectarismo, ao racismo, à misoginia, à homofobia, não importando o viés político. Basta que a intenção não seja o debate e sim o extermínio do adversário.

Então, amigo integrante, filiado ou simpatizante da OTB – Ordem dos Trabalhadores do Brasil, tenha cuidado com sua escolha no 2º turno. Observe, analise, tire suas próprias conclusões. Verifique se a notícia que está lendo é verdadeira antes de compartilhá-la, mesmo que pareça verdade. Observe a fala do seu candidato, suas propostas, o que ele disse no passado. Não deixe que manipulem sua opinião.

Vote consciente do que está fazendo.

Não permita que o debate político corroa relações familiares, relações de trabalho, a justiça, a diferenciação do que é certo ou errado.

E tome sua decisão.

*É importante lembrar que o Brasil nem sempre foi aliado, houve grande indecisão por parte do ditador, à época, Getúlio Vargas, entre apoiar o exército aliado liderado pelos EUA e Inglaterra ou o exército nazista de Hitler, Mussolini e Hiroíto.