Agência Trabalhador – São Paulo

Editorial por Paulo Campos, Vice-Presidente Nacional da Ordem dos Trabalhadores do Brasil

O crescimento que a OTB – Ordem dos Trabalhadores do Brasil tem alcançado nos últimos meses, demonstra a capacidade que a entidade tem de transitar entre ambos os lados da polarização política, da aversão política e do enfraquecimento do sindicalismo. Demonstra também sua capilaridade e potencial.

Embora tenhamos passado por recentes turbulências na democracia brasileira, é correto afirmar que ainda persiste forte a polarização disseminada.

Criada e reforçada por distorções da realidade proporcionadas tanto pela direita, quanto pela esquerda – embora se deva ressaltar as incompetências destes últimos neste quesito – um universo distante se formou, habitado por estranhos defensores de ambos os lados.

Dessa guerra, especialmente entre jovens, uma aversão política com traços de liberalismo que exala aromas de anarquismo, tem se espalhado, resultando em estranhos seres apolíticos de fortes opiniões* sobre o que (não) deve ser feito.

E neste cenário, morto, abatido, o movimento sindical perdeu força. Com o fim do imposto sindical, as Centrais Sindicais tradicionais perderam força, enquanto sindicados e afins sofrem para se manter em atividade.

A OTB, com conceito diferenciado que tem capacidade de aglutinar todos os grupos políticos em um modelo de atuação, cujos resultados demonstram que realmente funciona, parece ser um dos caminhos – sem pretensão de ser o único ou o melhor - para a pacificação do país.

As 104 novas unidades paulistas formadas e em formação em 4 meses desde a formalização da Seccional OTB do Estado de São Paulo, são a mais forte demonstração desta capacidade.

*Procure debater questões políticas com jovens que fica fácil compreender.